02/01/2008

Chove que Deus a dá! E o vento? Ui, para cima de dois ciclones...

Pronto. A água é muita, mas são só umas rajadas fortezinhas...
Apesar de ainda se andar a meio gás, sim que os prazos Senhor os prazos regressam a sério só na sexta-feira, mas ele há prazos que continuam a correr e Serviços que teimam em não acompanhar os "nossos" calendários, lá fui eu toda contente para a rua. Verdade seja dita, eu gosto do "dar ambiente aos sítios", como tão bem qualifica a D..
Entre outras coisas percebi, efectivamente, o drama de quem quer fumar e não pode.
Sim, eu sou fumadora, mas realmente nunca fui uma pessoa de cafés. Tirando as idas normais: o café a meio da manhã, o café depois de almoço e o lanche. Pronto, mais dois ou três. Mas nem foi por vontade de fumar um cigarro que tive consciência do drama. Fiquei arrepiada, deveras arrepiada ao ver as pessoas na entrada da pastelaria a fumarem, como se não houvesse amanhã, antes e depois de entrar para beber o café! Claro que tive vontade de fumar, claro que sabia bem um ou mais cigarros, mas realmente nunca fui de fazer mesa em cafés, e fumar cá fora ou lá em cima no escritório é exactamente igual. Sendo que lá em cima sempre tenho o calor do aquecedor. E o Sr. F., uma simpatia, até leva o lanche, numa bandeja manhosa da Compal, cheia de ferrugem mas fumar aqui não se pode que a Lei não deixa e vocês sabem melhor que eu não sabem?, quando se lhe pede. E nem precisa de ser com jeitinho. Basta ser com educação, e no fim não somos só nós que dizemos Obrigado. Também ele nos agradece, que os tempos andam maus e quase ninguém lancha como deve ser é só pingos e meias torradas...
Bem, o que efectivamente me incomoda é o esforço que nós, almas fumadoras, temos que fazer, não só para suportar o frio e a chuva que está lá fora, a chuva que Deus a dá, para fumar um cigarro e aturar, literalmente é aturar, porque a vontade é descer do salto e partir para a estalada ainda que psicológica, os olhares cínicos, dos supostamente "saudáveis". Como quem diz, como quem olha e diz, "ora toma, 'tás a ver? Era um cigarrinho, não era? Pois não podes."
O teste a sério ou talvez nem por isso, que uma pessoa já anda a tomar nota dos roteiros que por aí pululam, vai ser quando houver tainadas. Mas daquelas tainadas sem dó nem piedade.

*

E entretanto, hoje, noventa e seis horas passaram. Quatro dias. Porreiro, pá!

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