15/11/2007

E assim vai o mundo

Estes últimos tempos têm sido uma azáfama. Esta qualidade do tempo é-me particularmente grata... E a vontade não tem ajudado. O frio também não. Só problemas, só problemas.

Hoje há Sessão Extraordinária da Assembleia Municipal e eu devia ter ido para colocar o eterno problema do passeio da minha casa que foi "destruído" com as obras na 222.
Agora que cheguei a casa, não tenho coragem de sair. Não é preguiça, que não é. É mesmo frio.

Ontem, dia 14, foi inaugurada a Biblioteca da Delegação da Ordem dos Advogados, de Vila Nova de Gaia. Seguiu-se uma conferência subordinada ao tema «O Simplex Urbanístico» - Lei 60/2007, de 04 de Setembro. Foi orador o Dr. Monteiro da Rocha, Mestre em Direito e Advogado.
A Biblioteca está de portas abertas para ser visitada e "usada" por todos e o Simplex Urbanístico vai ser um espanto... Só "barracos" que ficarão legais. Só livros de obra informáticos. Nada de papéis. Esta Lei 60/2007 ainda vai ter muita tinta, perdão, betão armado, a ruir. E ainda voltarei ao tema.
Como disse o orador, é um assunto que merece um ciclo de conferências e não uma apenas.

No sábado, dia 10, foi a vez do "Novo Regime dos Recursos em Processo Civil". O conferencista foi o Dr. Paulo Pimenta, Advogado, Mestre em Direito e Docente Universitário. Foi um sucesso, dizem-me, e eu, que não duvido de quem mo diz e muito menos duvido do conhecimento e capacidade oratória do Dr. Paulo Pimenta, só posso lamentar que motivos de força maior não me permitissem estar presente. Mas amanhã, pelas 21.30, no Museu Nacional Soares dos Reis, não faltarei!

Hoje, tivemos a apresentação da Candidatura Independente ao Conselho Superior da O.A., liderada pelo Dr. José António Barreiros seguida de uma breve referência às mudanças legislativas em processo penal. Mais uma das várias mudanças legislativas com que temos vindo a ser brindados... Ainda para mais quando são publicadas em tempo de férias, férias que estão agora mais curtas, pelo 2.º ano, como todos sabem, e com uma vacatio legis tipo "é aplicar para ontem".
Nunca tinha "ouvisto" o Dr. António Barreiros. Sim, que uma coisa é ler, outra é ver no monitor da televisão. Gostei bastante. Tive pena que o tempo fosse escasso, pois tenho a certeza que ficaríamos ali a ouvi-lo como se não houvesse amanhã. E tive também pena, eu ando cheia de penas, caso não tenham reparado, que a Dr.ª Nicolina Cabrita não o tivesse acompanhado. Tenho dito!

Antes de terminar estas linhas, sim, que a 15 dias das Eleições da O.A. os eventos, palestras, conferências e debates são muitos, mas o que uma pessoa quer é mesmo isso "pois que da discussão nasce a luz" (reparem como não fiz nenhuma graçola...) e nós não gostamos de opacidades, uma breve nota para o único debate entre as duas listas concorrentes ao C.D.Porto, que ontem teve lugar na Delegação de Paredes, e durou até à uma da manhã. Esteve muito bem o Dr. Guilherme Figueiredo. E sim, uma vez mais, nós não gostamos de opacidades. A transparência fica bem em tudo. Ainda mais quando estamos a falar de eleições na e para a Ordem dos Advogados.

Não gostei de ouvir do Dr. Resende Neiva coisas como, "porque nós aqui não riscamos nada" (referindo-se ao peso, parco, que o CDPorto tem). Isto tudo porque nós "somos só 7.000 inscritos" e, mais uma vez, alguém questionou, porque razão a Ordem não foi mais incisiva e tenaz na oposição a esta inundação de mudanças legislativas. Pergunto-me, então, porque se candidata. Apesar de saber, palavras do próprio, que lhe disseram "Tu és o homem".
Ah! Já me esquecia. A candidatura do Dr. António Vilar a Bastonário, nestas eleições. Um mês depois de ter estalado a polémica, as dúvidas foram desfeitas: António Vilar não vai recorrer da decisão da Ordem dos Advogados, que não aceitou a sua candidatura a bastonário por ter apresentado assinaturas autenticadas por fax. Temos pena. Apoiando-se ou não, concordando-se ou nem por isso, vivemos em democracia. E num país democrático que cada vez mais parece estar longe da plantação à beira-mar, cheio de simplex's, habilus e recurso aos meios informáticos não parece de todo coerente e justo permitir que uma candidatura "morra" assim desta forma. Mas isto sou eu a dizer que até nasci em plena democracia. E todos nós sabemos que as mortes eleitorais são como o bacalhau. Que tal como aquele têm 1001 maneiras de serem cozinhadas.
Last, but not least, um aviso para quem esteja mais distraído e opte votar por correspondência. Pela primeira vez quem assim decidir exercer o seu direito é favor não esquecer de enviar a respectiva assinatura certificada/autenticada. Caso contrário o voto será considerado nulo. É como o anúncio, não tem certificaçãozinha não há votozinho…

1 comentário:

Nicolina Cabrita disse...

Se eu tivesse sonhado que alguém iria sentir a minha falta teria ido. Confesso que tal nem me ocorreu.
Se serve de consolação, aqui fica um beijinho muito agradecido e a promessa de que na próxima (se houver uma próxima) aí estarei.
Nicolina Cabrita