14/09/2010

Porque não me canso de reler

"Aparelhei o barco da ilusão
E reforcei a fé de marinheiro.
Era longe o meu sonho, e traiçoeiro
O mar...

Não ser eremita e ter a vantagem suprema de viver em sociedade, apesar de muitas vezes a vontade teimar em puxar na corrente contrária, tem destas coisas. Ouvir. Escutar quem nos rodeia.

Muitas coisas, eu ia dizer escutadas mas não faria qualquer sentido porque o verbo já teve melhores dias, portanto, muitas coisas que se ouve são más, dão-nos vontade de partir tudo e todos, outras nem tanto.
E depois há todas as outras, as sublimes.
Aquelas em que as pessoas, o ser humano que nos rodeia, nos confidencia bocados de si tal e qual como o fazem ao Sr. Padre da aldeia e nos mostram, sem imaginarem que o fazem, não admiráveis mundos novos porque esse já Huxley o fez e todos eram ilusoriamente felizes, mas que nos mostram que vale sempre a pena. Tudo. Partir e começar de novo.
"... Em qualquer aventura, o que importa é partir, não é chegar."
E sim, eu gosto destes momentos sublimes."

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