"O meu nome é vermelho"

Eduardo,

O título podia ser o do livro de Orhan Pamuk, mas não, é tão somente uma característica que quero que te acompanhe. A das grandes narrativas e epopeias, que ficam eternas e são grandiosas. Mas que continues com as coisas comezinhas que tens, como a forma singular de contar estórias e as interpretações que fazes, tal como a peça de Natal que fizeste na Escola onde te pediam para representares duas figuras de família que te marcaram quando eras mais pequenino. O quê e o porquê de te lembrares delas. "O meu avô Lousinha e a tia Patrícia!". E porquê? O avô porque te lembrava Aveiro, a ria e o mar que tanto gostas. Eu, por te lembrares de mim, a que tomava conta, vos dava banho, ajudava a estudar, vos levava ao cinema e fazia o esparguete e bolo de chocolate que tanto gostam. Também por isso, que fiques eterno e grandioso e que a tua veia artística te leve onde mais desejas. E sim, podes continuar a tratar-me na 3.ª pessoa. É mesmo uma questão de hábito. Muitos parabéns, menino. Apesar dos 20 anos que hoje completas, para mim continuarás um menino!