24/02/2010

Não vás contar que mudei a fechadura

Numa altura mais que nunca mediática, em que no passado Sábado com a tragédia que abalou a Madeira o twitter revelou ser A informação (passava da uma da tarde e estava a preparar-me para regressar a Gaia, vinda de Lisboa e foi através do mesmo que acompanhei o que se estava a passar, sim que o Alfa ainda não tem TV's em directo), parafraseando alguém que assim escreve, "dizia eu", numa altura mais que nunca mediática, moi que sou ninguém na blogosfera, reduzo-me a um Imenso e a ser a maior da freguesia, um mundinho muito meu, quase nada, mando daqui um enorme agradecimento com uma minudência de necessidade devidamente respondida e que deu os seus frutos.
Tudo isto porque hoje, ao fim da manhã, fiz um apelo no twitter. Necessitava assim do pé para a mão ou para ser mais enérgico a.s.a.p. de entrar em contacto com a Escola Francesa ou o Consulado Francês. Alguém, que não sabendo a quem recorrer, toca de bater nesta porta, pois claro, que eu sou a Bombeira - uma vez mais como alguém diz! - de serviço e pediu licença para entrar. Coisinha pouca, já disse, mas é urgente que a senhora não é a mãe, é a tia e está com a guarda da sobrinha pois os pais estão inibidos. Sim, uma desgraça nunca vem só e a senhora para além de estar em França sem perceber patavina de nada e muito menos da langue française, não percebe porque raio este papel, está a ver este papel? eu é que tenho a minha Mara como diz aqui, não chega para os franciús. Nós fomos agora para lá, no início do ano que é vida nova, para tentar a sorte, sabe?, não andamos fugidas!, e eu quero ir tratar da escola da minha Mara, quero que ela estude para não precisar de se fazer ao mundo como eu, e até tratar do médico e só me dizem que avec ça? C'est pas possible! Avec ça c'est pas possible! Que tem de estar na langue française! Então esta semana vim cá, que fui chamada para a consulta no Hospital, eu sou seguida lá em cima em oftalmologia, sabe?, e tratei de trazer esta certidão e passei na Conservatória. Mas dizem-me que também não podem fazer nada, porque eu preciso de ter a última folha da certidão traduzida para francês. Mas explicaram-me o porquê, que os franceses não me disseram isso e agora eu já percebi. É que não sou a mãe, mas é como se fosse, que a minha Mara é como se fosse minha e tivesse nascido aqui de dentro. Mas na certidão está o nome da mãe e do pai, que é o meu irmão e só a última folha é que explica que eu é que sou a mãe, que eu é que tenho a guarda por causa da inibição. Percebe? Percebo. E até me disseram mais, que uma certidão internacional não seria suficiente e também me explicaram porquê. E eu percebi. E disseram-me que depois de traduzida é que certifico no Consulado. Pronto, já percebi o que tenho de fazer, mas não sei como, sabe? Sei. Vamos então tratar disso. E assim foi. Alguém conhece alguém da Escola Francesa e desta vamos para o Consulado Francês. E assim chegamos à Mme. Danielle Gevolde, et voilá. A senhora regressará na próxima semana a França, com as certidões no modo poliglota e devidamente certificadas.
Resumidamente e o que verdadeiramente interessa? Assim se faz um dia feliz e é dado, sim, que é tudo uma questão de dádiva, uma alegria Imensa a alguém. Sem bolandas.

2 comentários:

Anónimo disse...

Por isso eu sinto honra de te ter conhecido...esse coração de ouro...não se compra não se troca...ou se tem ou não!Continua Paty porque tudo melhora quando fazemos algo (por mais pequeno que pareça) pelos outros.Que Deus te ajude e ilumine cada vez mais :)Don Miguez

binha disse...

Tal qual! Poucos ainda são como tu, "vamos lá, o que é mesmo preciso?", com o dom de exprimir as emoções que nos passam pela alma. É um orgulho ser tua amiga. Ó para mim com um cartaz: Eu sou amiga daquela menina crescida, que é uma SENHORA!