03/02/2010

"...Me espanto às vezes, outras m'avergonho..."

A 29 de Janeiro, a tomada de posse da Comissão Nacional de Avaliação
A 2 de Fevereiro, a informação relativa ao Exame Nacional de Acesso ao Estágio, que irá ser realizado dia 30 de Março, em Lisboa.

Gosto particularmente do "local e hora a designar".
Todos nós sabemos que cursos de Direito pululam por aí. Todos nós sabemos que quem segue Direito, não obstante por linhas tortas, não tem intenção de seguir a vertente "advocacia de barra" e vestir a toga no pleno sentido.
Mas expliquem-me, como se fosse mesmo muito burra. Após uma licenciatura ainda teremos de realizar um exame na própria Ordem que nos dirá se temos ou não direito (curioso!) para aceder ao estágio? Mas desde quando é que a Ordem dos Advogados tem competência para avaliar os conhecimentos que a Faculdade ministrou e em tempo oportuno avaliou? E assim a OA fará o papel que compete ao Ministério da Educação, item Ensino Superior. Deviam ter pensado nisto, quando permitiram que o curso existisse, com maior ou menor custo, em qualquer Universidade. Não depois de 4 ou 5 anos passados e avaliados na Faculdade. E mudar as regras do jogo quando estamos a chegar ao último round? E as expectativas, as expectativas, Senhores, onde ficam? Na frustração? Goradas, porque há muitas faculdades e somos muitos?
A cereja no topo é o local da realização do mesmo. Lisboa. Queremos lá saber que existam Conselhos Distritais. Queremos lá saber que mores em Alfândega da Sé. Queremos lá saber que já tenhas gasto com a deslocação e residência enquanto tiraste o curso. É só mais um bocadinho e um simples pormenor, pá! E nem se atrevam a dar o exemplo do CEJ. Todos somos actores no campo da justiça é um facto. Mas uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. E no CEJ, milhares concorrem, os exames são nacionais, mas temos três zonas geográficas. Coimbra, Lisboa e Porto. E antemão quem concorre sabe as vagas que existem. E sendo aprovado, fará o "pós" em Lisboa, é certo, mas receberá remuneração por tal. Em suma, tantos E's, tantos Mas, tantas diferenças, tantas comissões e avaliações para questões que se querem sérias. Justas!

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