30/09/2008

É a economia, estúpida!

Hoje fomos ao Santos Silva, acompanhar a Mãe, na consulta de ensaio pré-operatório oftalmológico. Marcada para as 10 atentidas às 13! Pontualidade é algo que ali não funciona, portanto. Mas a consulta correu muito bem, obrigada, e viemos de lá deveras esclarecidas com as gotas que serão colocadas e blá blá blá. A operação será na próxima semana.
O estado em que a Mãe estava porque tudo isto mexe com ela, foram muitas horas e o Pai está sózinho, e a fragilidade em que se encontra é mais que muita, só mesmo um cego é que não vê, eu própria sofro quando tenho que estar ali dentro, sim, pertenço a uma categoria de pessoas que agoniza quando tem de entrar num Hospital, seja porque motivo for note-se, não havendo outra hipótese para além do transporte público, tu trata de entrar no primeiro táxi que aqui está.
Nem oito minutos se perde a regressar, de carro até casa, estando bom o tempo. E estava.
Porque a conversa ajuda, e florinhas e passarinhos dão calor ao dia de quem quer que seja, a conversa fluiu e falou-se de tudo e mais alguma coisa. Claro está que o saquinho dos medicamentos, com a conversa que fluiu e o sol que tolda qualquer um, ficou no táxi, Patrícia! E agora, Patrícia? Até as chaves de casa lá estão! Ai meu Deus, ai meu Deus, e agora Patrícia? Calma, sim? Eu tenho chaves, vou já ligar para a central e peço que divulguem o "alerta" do saco esquecido, não te preocupes, não há mal nenhum. Assim fiz e assim foi. O condutor respondeu logo, identificou a viagem efectuada, da porta do Santos Silva até à Vasco da Gama, não tem problema nenhum, vai já entregar o saco esquecido. Muito obrigada, de nada ora essa, vou para a porta do prédio.
O Sr. taxista chegou, entregou-me o que esquecido ficou e, educadamente disse: como já ia despegar, tenho que justificar esta viagem que fiz, por isso... Nem o deixei terminar, com certeza, quanto é? Paguei os 3,50€ que pediu, nem mais um cêntimo. Agradeceu e disse boa tarde. Não consegui ficar calada e só lhe disse, sabe, a manhã não foi fácil e também por isso não vou discutir consigo e nem sequer lhe peço factura, mas lembre-se que eu ainda estava no táxi quando o Sr. atendeu uma chamada, a quem disse "ó 'more, já vou agora apanhar-te para irmos almoçar". Não sei porquê mas aposto que quem justificou essa viagem acabei de ser eu, certo?
Entrei em casa e ouço, deste uma gratificação, não deste? Dei dei, uma otária gratificação!

1 comentário:

Anónimo disse...

Dar gratificação é uma coisa, "justificar" é outra, que sem dúvida nos deixa prá lá de irritadas!

bjs